quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Contagem de Corpos

Hello!
A partir de hoje vou começar a postar trechos (ou mesmo capítulos completos) do meu livro (não publicado). Os que gostarem podem pedir pela versão completa. Os que não gostarem podem ir para longe, risos.

PRÓLOGO
Sentado em uma mesa simples de seu escritório improvisado, um homem digitava calmamente algo em um laptop. Tinha a expressão serena e cantarolava uma música enquanto sorria. Em certo momento, tirou os dedos do teclado e esticou-os. Pegou uma lata de refrigerante e sorveu lentamente o líquido gelado, deliciando-se com o sabor. Estava quente naquela noite, pensou ele. Há dias não se via uma
folha sequer se mexendo nas árvores. A população morreria queimada ou cozida no
próprio suor. O homem se cansou de escrever e decidiu tomar um banho antes de
comer algo. Colocou o chuveiro na água fria e tirou a roupa. Entrou debaixo da água
e mal pôde conter um suspiro de felicidade. Poderia passar o dia todo ali, mas havia
muito a ser feito. Seus planos apenas começaram, pensou. Devia concluí-los o mais
rápido que pudesse. Ou melhor, o plano seria executado lentamente. Dessa forma, o
trabalho seria maior para todos.
Terminado o banho, ele enrolou-se em uma toalha e penteou os cabelos com uma
mão. Voltou ao computador e ficou encarando a tela por alguns instantes. O cursor
piscava na exata parte onde ele havia parado de digitar. Terminou de escrever,
salvou o documento e acionou a impressora. Colocou o papel em um envelope e
jogou-o em uma gaveta. Ele não seria usado tão cedo, mas ao menos estava pronto.
Era um passo adiante.
Levantou-se novamente e trocou de roupa. Estava quase atrasado para o trabalho, e
não podia se dar ao luxo de desagradar o patrão. Ele estava com as ventas viradas
naquela semana, ansioso por causa de algum problema na família. Bem, ao menos
desse mal eu não sofro, pensou ele. Terminou de se arrumar, olhou-se no espelho
e saiu. As ruas quase vazias em consonância com a sorveteria praticamente lotada
fez com que ele esboçasse um sorriso. Crianças brincavam e jogavam água umas
nas outras em uma pequena fonte no centro da pracinha. Os pais tentavam tirá-los
da água, alguns alegando que os bichos iam comê-los, mas as crianças não davam
atenção e continuavam a brincadeira.
O homem decidiu se render ao calor e foi até a sorveteria. Pediu um picolé de limão,
pagou por ele e sentou-se em um banco da praça por alguns instantes, observando
as pessoas. Mal elas sabiam que suas vidas começariam a mudar
em breve. A rotina daquela cidade se tornaria diferente de qualquer coisa que ela já
vira antes. O jogo estava apenas começando.


E então, o que acham? Um texto pequeno e muito feio haha Beijos.







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