quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Resenha - Um lugar chamado liberdade (Ken Follett)

Olá!
Depois de muito tempo, voltei. E voltei com força total (como aquela força que mulher tem aos domingos, quando anuncia “amanhã começo a dieta!”, mas enfim). Hoje vou falar de uma leitura muito interessante e maravilhosa.
Recentemente conheci Ken Follett (ainda me arrependo de não ter ido vê-lo na Bienal de São Paulo), quando ganhei o livro “Queda de Gigantes” de uma amiga. Desde então, tento ler o máximo de livros dele que sou capaz (quase terminando a trilogia “O Século”, yay!). A última obra do autor que li foi “Um lugar chamado liberdade”, lançado no Brasil em 2014 pela editora Arqueiro (a mesma de Harlan Coben, Nora Roberts, Lisa Kleypas e Colleen Houck, que estão na lista de futuras leituras).
Sem mais a dizer, aqui vai a resenha.

Título nacional: Um lugar chamado liberdade
Título original: A place called Freedom
Autor: Ken Follett
Editora: Arqueiro
Páginas: 400
Ano: 1995 (2014 no Brasil)

Sinopse: Desde pequeno, Mack McAsh foi obrigado a trabalhar nas minas de carvão da família Jamisson e sempre ansiou por escapar. Porém, o sistema de escravidão na Escócia não possui brechas e a mínima infração é punida severamente. Sem perspectivas, ele se vê sozinho em seus ousados ideais libertários. Durante uma visita dos Jamissons à propriedade, Mack acaba encontrando uma aliada incomum: Lizzie Hallim, uma jovem bela e bem-nascida, mas presa em seu inferno pessoal, numa sociedade em que as mulheres devem ser submissas e não têm vontade própria. Apesar de separados por questões políticas e sociais, os dois estão ligados por sua apaixonante busca pela liberdade e verão o destino entrelaçar suas vidas de forma inexorável. Das fervilhantes ruas de Londres às vastas plantações de tabaco da Virgínia, passando pelos porões infernais dos navios de escravos, Mack e Lizzie protagonizam uma história de paixão e inconformismo em meio a lutas épicas que vão marcá-los para sempre. Com 8 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, Um lugar chamado liberdade é mais uma prova de que Ken Follett é um mestre absoluto em criar tramas complexas e emocionantes.

Os livros de Ken Follett têm uma característica comum: todos os que eu conheço – e os que preciso conhecer – são impecáveis. Sua escrita é, sem dúvidas, impossível de não se apreciar. Além disso, o pano de fundo de suas obras sempre envolve fatos – e até mesmo personagens – históricos (como é o caso da trilogia “O Século”, na qual cada livro “passeia” por um período marcante do século XX). No caso de “Um lugar chamado liberdade” não foi diferente – embora a sutileza neste seja mais nítida em relação aos outros. A jornada do escocês Mack McAsh, contada através de sua passagem por Londres, onde se torna carregador de carvão e representante dos colegas durante as greves, até a Virgínia, na colônia dosa Estados Unidos, onde persiste em seu sonho de ser livre, é emocionante e inesquecível.
Na vida de Mack ainda existe Lizzie Hallim, amiga de infância com ideais similares aos seus, além de Jay Jamisson, segundo filho dos donos das minas de carvão e futuro patrão de Mack na Virginia. Jay é um dos maiores impedimentos nos planos de Mack – a pedra no sapato do mineiro, por assim dizer. Os destinos dos três personagens convergem até o final da história de forma intensa e dramática; cada passo se dirige a uma inevitável tragédia enquanto Mack desafia as autoridades em cada lugar por onde passa.
O livro aborda questões de liberdade (historicamente falando, se passa às vésperas da Independência dos Estados Unidos, ocorrida em 1776) – e tem como personagem – discreto e muito coadjuvante – George Washington, primeiro Presidente dos Estados Unidos e um dos Pais Fundadores. Seu papel na obra é curto; com base nisso, porém, percebemos a genialidade e o comprometimento do autor para com seus leitores, buscando trazer até eles a veracidade histórica de fatos marcantes.
Follett é um autor de proporções grandiosas. Suas obras refletem suas opiniões sobre eventos históricos de maneira completa, sempre levando o leitor por uma deliciosa viagem no tempo. Uma leitura, certamente, imperdível.


"Não sabia o que lhe reservava o futuro. Poderia ter que enfrentar pobreza, sofrimento e perigo. Mas não seria outro dia nas profundezas da mina, outro dia de escravidão, outro dia como propriedade de Sir George Jamisson. Ele seria dono do próprio destino"

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